Tudo em Palco
Câmaras, luzes, ação!
Dizem eles atrás da cortina.
Encaro a minha vida como uma peça de teatro, cujo o guião é me desconhecido. Desde os vários cenários, às diversas personagens que nela entram e que nela saem, às várias peripécias que nela aconteçam que constituem de todo a trama que nela é representada.
Não fino ser outro alguém, apenas mostro a faceta mais adequada em cada situação, às vezes até gostava de ser mais eu, independentemente, de estar sempre a evoluir.
Sou quem sou, e tenho direito a ser quem quero não ser.
Não consigo controlar a vida, essa grande que é tão mal falada, e que ao mesmo tempo é a autora desta peça. Mas aceito-a, com a esperança do melhor, pois mesmo correndo mal, é o caminho para alcançar o melhor.
Viver a vida ao máximo, aquela teoria do Carpe Diem, é essencial, pois devemos demonstrar tudo o que temos para mostrar em nós, e acredito existirem muito outros, que não o mostram por receio, ou porque ainda não tiveram a oportunidade certa.
Entramos em palco, e quando o fazemos, devemos dar tudo e mais que isso. Mostrar o que valemos, aquilo que somos capazes de fazer, independentemente de ser bem ou mal, é o que nós somos, e temos que o aceitar, tornar isso a nossa força, e não a nossa fraqueza.
Atuamos, e damos vida ao que reside dentro de nós, abrimo-nos, de uma forma inexplicável, de forma racional e sentimental.
E assim, somos nós quem determina o rumo que a peça deve tomar, nós decidimos o cenário, as personagens que entram ou saem da nossa peça, e dividindo-a por cenas, rimos, choramos, gritamos, sorrimos, amamos e somos amados, perdoamos e somos perdoados, fazemos aizades que vão connosco até ao final da história...
Deste modo, aproveitamos tudo ao máximo antes da cortina se fechar, e a peça terminar sem aplausos.